Produção de Hortícolas em Estufa
A produção através de estufas não é nada de novo, contudo e com a utilização de novas tecnologias de cobertura e controlo ambiental é possível tirar o máximo partido destas estruturas, algo que antigamente muito poucas explorações utilizavam. A preparação da estufa para a produção de hortícolas em estufa já começou na EPAMAC. A produção estima-se diversificada através das quais os alunos aprendem as diversas técnicas (adubação, preparação do solo, cobertura do solo, sistema de rega, controlo sanitário), bem como a preparação e regulação das produções de hortícolas com o fluxo de vendas a sair para o mercado.
Uma estufa é uma estrutura cuja principal função é a proteção das plantações contra ameaças, como por exemplo é o caso do vento e das chuvas fortes. Podemos ainda definir uma estufa como uma estrutura coberta com material transparente à radiação solar. As estufas são utilizadas em culturas protegidas permitindo no seu interior, o trabalho de pessoas e máquinas.
Quais as vantagens principais de uma cultura protegida (em estufa)?
- Aumento da produtividade;
- Produção fora da época normal (precoce/tardia);
- Melhoria da qualidade;
- Produção de espécies exóticas;
- Maior facilidade de controlo dos fatores climáticos e de pragas e doenças;
No entanto, é importante salientar que embora as estufas proporcionem todas estas vantagens, são infelizmente estruturas que acarretam custos muito mais elevados na maior parte dos casos, quando comparadas com as culturas ao ar livre.
Uma estufa proporciona então um ambiente adequado para o desenvolvimento das plantas, permitindo a existência de uma grande variedade de espécies. Isto acontece porque conseguimos manter as condições ambientais relativamente estáveis, facilitando o crescimento das plantas.
Projeto Piloto – Cobertura do solo com uma alternativa aos plásticos na horticultura.
O impacto ambiental que a película de plástico pode ter no solo, tem conduzido a soluções alternativas de cobertura vegetal mais sustentável. O papel é a alternativa ideal para os agricultores que se preocupam com o ambiente.
Ensaio de uma nova solução de cobertura vegetal baseada em fibras que é completamente biodegradável. Este tipo de cobertura vegetal orgânica, utilizado no controlo de ervas daninhas e na otimização das condições do solo e da produtividade da cultura, é o primeiro deste género no mercado.
Tradicionalmente, os materiais de cobertura vegetal são feitos de plástico, de película de polietileno. Apesar de eficaz, a cobertura vegetal de plástico não é biodegradável e eventualmente, torna-se em material residual que tem de ser removido do terreno e eliminado ou reciclado a um custo elevado.
Estima-se que mundialmente, que são usadas mais de um milhão de toneladas de película de plástico para cobertura vegetal por ano. Para além da mão de obra necessária para a sua recolha, esta técnica deixa muitas vezes resíduos de plástico que poluem o solo e reduzem o seu potencial crescimento futuro.
Os testes demonstraram que o papel era fácil de aplicar nos terrenos e garantia um excelente controlo de ervas daninhas. Os resultados em termos de produtividade e durabilidade também foram positivos.
O impacto ambiental que a película de plástico pode ter no solo, existe a necessidade de uma solução de cobertura vegetal mais sustentável. O papel é a alternativa ideal para os agricultores que se preocupam com o ambiente e no caso da EPAMAC no presente ano letivo (19/20) foram iniciados os primeiros ensaios com cobertura do solo com papel (figuras 3,4 e 5).
Figura 2
Cobertura do solo (método tradicional)
Figura 3
Cobertura de solo com papel
Figura 4
Cobertura de solo com papel
Figura 5
Cobertura de solo com papel